Todo pouco é, antes de tudo, nada
O muito, ainda, mais nada se faz
Ando arrastando sombras, as mais toscas,
Pela distância do parto a paz
Caminho de estúpido inquérito, esse,
De quem sou. Semelhantes sombras serão?
E nenhuma alma diz-me o mérito
Desses passos escombrosos de ilusão.
8 comentários:
Ira, passando por aqui para deixar o meu abraço. Tenhas uma boa noite.
Ilusão de saber quem somos...
como no dito popular: doce ilusão.
Beijos, Ira linda aquariana de voz que me faz viajar!
mas a pele conhece o próprio dom!
beijo, lindona Ira brilhante!!
ao nada
ao tudo
ao raso
ao claro
ao pouco
ao fundo
beijo
Muito denso. Três leituras por aqui e ainda a sensação que preciso reler.
Sinto-me atualmente assim, sem mais nem menos.
Beijos...
Suzana Guimarães
Lindo!
o balanço entre tudo e nada - bolha de sangue... não durmo e a roupa traja os pulmões à espera de uma aceleração que desenquadre os níveis desse plano médio, a meia distância entre os pés e a cabeça. quisera eu que as cicatrizes reverberassem, perfeitas, sobre a pele que se esqueceu que é, antes de mais, respiração, batimento, arrepio, sem níveis, sem planos, sem metas. ela mesma.
beijo, querida amiga!
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