quinta-feira, 21 de março de 2013

Do Muito de Rua ao Nada





Todo pouco é, antes de tudo, nada
O muito, ainda, mais nada se faz
Ando arrastando sombras, as mais toscas,
Pela distância do parto a paz
Caminho de estúpido inquérito, esse,
De quem sou. Semelhantes sombras serão?
E nenhuma alma diz-me o mérito
Desses passos escombrosos de ilusão.

8 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Ira, passando por aqui para deixar o meu abraço. Tenhas uma boa noite.

Cecília Romeu disse...

Ilusão de saber quem somos...
como no dito popular: doce ilusão.

Beijos, Ira linda aquariana de voz que me faz viajar!

Joelma B. disse...

mas a pele conhece o próprio dom!

beijo, lindona Ira brilhante!!

Unknown disse...

ao nada
ao tudo

ao raso
ao claro

ao pouco
ao fundo




beijo

Fred Caju disse...

Muito denso. Três leituras por aqui e ainda a sensação que preciso reler.

Suzana Guimarães disse...



Sinto-me atualmente assim, sem mais nem menos.

Beijos...

Suzana Guimarães

Suzana Guimarães disse...


Lindo!

Unknown disse...

o balanço entre tudo e nada - bolha de sangue... não durmo e a roupa traja os pulmões à espera de uma aceleração que desenquadre os níveis desse plano médio, a meia distância entre os pés e a cabeça. quisera eu que as cicatrizes reverberassem, perfeitas, sobre a pele que se esqueceu que é, antes de mais, respiração, batimento, arrepio, sem níveis, sem planos, sem metas. ela mesma.

beijo, querida amiga!