Rumo ao desajeitado. É bem possível que alguém reclame
Dos meus sorrisos solitários
Talvez exista qualquer caduquice simpática em meu sangue,
Coisa que nunca é comprovada,
Meu cão torna-se cúmplice das coisas que ouço
Quando prometo não ver e nunca cumpro
Saímos, enfim, por qualquer bobagem como dois bichos
Cheirando rastros de coisas alheias, e algumas são tão
estrangeiras
Que nem servem como mísera refeição, no entanto,
Os cheiros que pousam sobre nossos focinhos
silenciosos
São tão familiares que duvidamos de suas lonjuras. Usamos de simplicidade
Para lembrarmos nossos nomes
São tão familiares que duvidamos de suas lonjuras. Usamos de simplicidade
Para lembrarmos nossos nomes
Estamos lado a lado, nessas ruas desnecessárias, compondo
Qualquer brevidade de alaranjado para um céu independente
O sol, exibindo sua juba exagerada, sempre corre em nossa direção
E acorda ideias dos livros que não foram escritos. Minha cabeça captura o estalo
das letras e o cão late qualquer verso de osso
O sol, exibindo sua juba exagerada, sempre corre em nossa direção
E acorda ideias dos livros que não foram escritos. Minha cabeça captura o estalo
das letras e o cão late qualquer verso de osso
Tropeço amiúde - tudo tão humilhante e comum - porque há
devassidão no pensamento
Que debocha do meu amadorismo e, nessas horas, um torto
poema é a mão necessária
Ergo-me com a teimosia dos poetas que derrotam evidências
Elas, não sobrevivem a nada, a nada sobreviveram, a nada sobreviverão!
Sobre suas covas praticarei pirraças em papel de pele
E meu cão será um lord aguardando-me em mudez elegante
E meu cão será um lord aguardando-me em mudez elegante
A desforra será minha palavra mais simples,
Aquela que beija um sabiá em voo