terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Canção do Esquecimento

Ela, franca,
Dança no azul
Um blues
Que não lembra

Foge outra
Noutras horas
Do amor
Que não lembra

Vive assim, Maria,
Ameaçando a morte
Com seu porte de rainha
E a superfície louca

Full-time sai e vai
Amenizando a lágrima
Ao disparar o riso
Pela contramão

Sem mão razão cautela,
Ela, à revelia, magros flancos,
Esquece o inesquecível, a raiva, o dia
Vestida no seu traje branco


Dedico esta postagem ao Tuca Zamagna que, homenageando a Mulher de Branco no FB, me levou de volta aos meus leves dias de Ipanema. Grandes figuras, Ana Maria e Tuca!



4 comentários:

AC disse...

Há algo na contramão que seduz, que liberta...
Ira, em grande, como sempre.

Beijo :)

Tuca Zamagna disse...

Puxa, assim você me mata, Ira. Quem me dera ter a estatura existencial da Ana Maria, ser assim escancaradamente lançado na vida.

O poema é seu? Se é, é mesmo um poema ou é uma letra? Se for uma letra, tem música? Se não tem, posso musicá-la? Fazer uma valsa-tango pra dançar com a Ana Maria na calçada em frente à Igreja de N. S. da Paz em Ipanema...

Beijão, queridíssima!

Nilson Barcelli disse...

Mas eu nunca me esqueci de ti...
Gostei do poema. É belíssimo e dá para musicar.
Ira, tem uma boa semana.
Beijos.

meus instantes e momentos disse...

...os leves dias de Ipanema que ainda estão por aqui.
gosto de ler vc.