Não sofras!
Na morte deve haver alguma cura
Talvez a música
Aquela canção que o homem,
Nu das notas do tempo,
Jamais compôs
Deixe que, enquanto morres,
Os violinos se abandonem
E que fujam as fotografias
Que existiram, nas breves horas dançantes,
Ao som afinado das cordas
Ouça esse silêncio e alcance a música
Não sofras!
Que depois da morte
Há o canto dos vivos
7 comentários:
Ira, minha lindona!
Confesso que tenho uma coisa com essa palavra: "silêncio".
Leio ou ouço e já me arrepio como se fosse ter que subir num avião:)
Não existe palavra mais cruel do que aquela que não se diz.
Pois então que os silêncios permitam passagens; e não interpretações errôneas.
Que o fim seja daquilo que não deva mais manter-se, pois ponto final a não merecer reticências.
De resto, muita música.
Se tudo já é tão difícil, que pelo menos tenha o ritmo certo :)
Grande beijo!
Paro para refletir: O que há depois da morte, se nem mesmo sei o que é a vida... Lindo poema, amiga!
Paro para refletir: O que é a morte, se nem mesmo sei o que seja a vida... Lindo poema amiga!
no peito do desafinado também mora o silêncio
beijo
Ira, amante, fã que sou da sua escrita, custa-me dizer com segurança, mas vai lá: um dos melhores poemas teus. Arrepiei-me. Surpreendi-me com o resultado do desafio, porque o poema vai tão mais além: bravo!
Beijos,
O Canto dos vivos, será?
Que poema, Ira, que poema!
Beijo beijo.
"um dia destes tenho o dia inteiro para morrer" - herberto helder
beijo grande, ira!
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