Posso te
amar se você me der um par de olhos frescos, como os que não perdem luz com o
tempo, e um bouquet de poemas pra cada dia da semana. E se tiver espinhos? Que
tem! Eles não arranham mais que as ausências dos versos. Prefiro-os!
Tenho apenas desejos, por hora, alguma curiosidade e também
essa ânsia crua de quem vai comer sushi pela primeira vez. Sentimentos
antropofágicos de saber cheiro, gosto e sorver aos poucos pele e carne.
O
inevitável ritual de aproximação!
Ando pensando nessa fome de coisas cruas. Começa tímida
rondando os poros até que exibam aromas descarados.
Súbito sua boca molhada de palavras e língua, estranha estrangeira, me incomoda. Olho mais uma vez, ela fala, depois olho centenas de vezes, e ela fala mais, e fala bonito, não o de completude, mas um bonito de existir e ser qualquer coisa de contente ou triste. Uma boniteza de amor e desamor que sai das mãos e soca minha cara, depois alisa.
Súbito sua boca molhada de palavras e língua, estranha estrangeira, me incomoda. Olho mais uma vez, ela fala, depois olho centenas de vezes, e ela fala mais, e fala bonito, não o de completude, mas um bonito de existir e ser qualquer coisa de contente ou triste. Uma boniteza de amor e desamor que sai das mãos e soca minha cara, depois alisa.
Submeto-me! Estou abatida e tudo que necessito
“viciantemente” é devorar o banquete.
Tenho mania de inacessibilidades, talvez, porque lá tudo é
pra sempre como as estrelas do meu teto. Gosto!
Gosto desse jogo de eternidades e desenho com olhos as
existências de tudo que desejo
Posso fazer com que suas mãos sejam e nunca afastadas das
minhas ancas, os braços de abraços e tantas possibilidades, dias de poesias na varanda,
noites de roupas mudas nos cantos do quarto.
Posso fazer você existir, fora da fotografia, engraçado e exato não por querer e sim despretensiosamente. Assim, meu riso seria solto e voaria até a sua boca, e ficaria, e ficaria.
Posso fazer você existir, fora da fotografia, engraçado e exato não por querer e sim despretensiosamente. Assim, meu riso seria solto e voaria até a sua boca, e ficaria, e ficaria.
O plano é saciar a fome, agora, às 24h: 16m que meu coração
não dorme e nem se quer pensa no impacto que seria se eu dissesse tudo isso a
você, logo você, que é tão cheio de finezas.
Meu coração é despudorado e não sossega, acho mesmo que não
presta.
Então, que se dane sua cerimônia porque eu não me chamo Sônia!
Nhac!
6 comentários:
fome de quem tem fome.
fome de quem gosta deste jogo de efemeridades.
fome por saciar. com gonzaguinha de fundo, ficou ainda melhor.
e ainda tem tem aquela foto de Belle de Jour lá em riba.
gostei foi muito.
beijão,
r.
Ira, minha linda Ira...
Como as palavras lhe correm fáceis, essa é a impressão que tenho todas as vezes que te leio. De que você não as escolheu, mas que elas se amontoam em ti, fazendo morada nessa tua alma linda!
Amei a postagem, sou grande fã do Gonzaguinha. Beijocas!
Ira d versos e prosas...Impossível de passar incólume pelas tuas palavras. Impossível não eleger um lugar especial dentro da gente para te ter...
Beijos, poeta!
amor num par de olhos frescos (haverá imagem mais arrebatadora?); tudo o mais é fome e saciação de versos com palavras que são pele, membros, cheiro e desejo - como a boca que as cospe e as traga. perfeita esta união de sílabas, como o beijo derradeiro, onde os lábios-fineza ou brutalidade são apenas duas faces de um mesmo rosto.
arrepio, como sempre, ira maior!
nhac nhac
adorei a onomatopeia
beijo
Andei fora do Rio e sem computer. Por isso tenho faltado aos poemas dos amigos.
Beijo, adorei!
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