Curvo-me, o momento é afiado,
A espinha quebra antes das unhas
- elas ainda levarão dias cavando a terra
Assim, nos braços da vergonha,
Vejo meu rosto no chão
Vejo lama, lâmina,
A moral de qualquer um,
De nenhum inolvidável
Minha cabeça, sobre enfermo solo,
Ouve escárnios, feridas e metais
Encontro passos, já tão esquecidos pelo mundo,
Arrastando seus silêncios predestinados
E minha alma se abandona na dobra de uma esquina
Desaparece
Apaga
Vai para que ninguém me acuse de ser um dia,
Um único dia, lembrada
8 comentários:
"releio e não reamo nada,
a minha vida abrupta é absurda,
a arte da iluminação foi toda ao ar pelos fusíveis fora,
e fiquei cego dentro da casa cuja, e pelo mundo, e na memória, e na maneira
das palavras quentes que eu amava,
nessa língua de músicas,
e desfaleço então de tudo e nunca mais ressuscito"
herberto hélder.
porquê? porque sim.
um beijo e um estremecimento, ira!
Mulher, quanta vida vivida intensa, profunda, originalmente! É dela que vem o que me espanta, que eu chamo de poesia escrita na pele. Sempre, admiração profunda!
Beijos,
Que foda essa queda toda. Eu gosto de dor, Ira, e você é mãe de todas elas.
Beijaço.
vou arrastando meus silêncios (e dores) sobre a terra doente...
E essa espinha que se quebra antes das unhas???...
da arte de fotograr poesia.
beijão,
r.
Ira, minha linda aquariana!
Lembrei-me do poeta argentino Oliverio Girondo que tem um poema que não achei agora para te reproduzir, mas que diz que a dor da ferida faz com que nos sintamos vivos.
Grande beijo e um ótimo fim de semana!
Beijinhos na Valentina!
Minha querida
Que neste Natal a magia da criança que fomos esteja presente nos nossos corações...que não seja apenas uma comemoração de um dia, mas que se prolonguem por todo o ano...unindo almas com o carinho de uma palavra...o calor de um abraço...a doçura de um sorriso.
FELIZ NATAL junto de todos os que amas
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Muito bom sair da zona de conforto com teus poemas.
dorsal
como espinha
ou espinho
beijo
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