domingo, 26 de janeiro de 2014

Noite Marginal

Boa noite!
Está escrito no céu
Simples como as tribos dos nus
Que amam em olvidos
Soletrando existências
Simples – carne dentro da carne
Dentro do mundo

Sobre esteira, palavras
E estrelas são sinônimos fraternos
Orientando peles cruas
Nas leituras de cometas planetas asteroides,
As imperfeições dos corpos
Têm seus espíritos afastados
Pelos líquidos das entranhas
E os sexos comemoram com fogo

Línguas de fogo
Sol da meia noite labaredas lótus
Digna é a boa noite que,
Enquanto há premeditações cruéis
Pelas ruas, nasce fora da lei

Brutal dos homens vestidos





7 comentários:

Tania regina Contreiras disse...


Cada Ira é uma nova Ira poética, descobrindo os cursos das veias...E vou pensando em como soletrar existências, essa imagem que fisguei.

Bom ouvir Marina também, faz tempo que não escuto.
Beijos, poeta!

Primeira Pessoa disse...

um poema escrito lá em cima.
uma pala vra de ordem.
um protesto.
lá em cima, um muro.

Gyzelle Góes disse...

Poesia das boas

Unknown disse...

uma noite
em transfiguração
o orbe em fúria


beijo

Joelma B. disse...

***

na noite de Ira
vejo pecados
meus
roubando lumes
desses
que vagam na decência
mais desnuda que já vi

beijos, brilhantíssima poeta!

Unknown disse...

e depois do poema-resposta lá no transfigurações: em noite de ira, a absolvição é muito mais do que o antídoto do castigo - porque há olhos que nos sabem bem mais do que toda a inocência das palavras.

beijo-vos a vós e a voz e todas as melodias de ti, ira; de ti, jô!

Cris de Souza disse...

Na noite os vícios se aclaram...

Beijo, poetaça!

*A chave do mundo é um mistério a mais.