De todos os livros que fechei pelos dias,
Nada, ou quase tudo, restou-me na superfície.
- talvez a pele saiba guardar segredos
Há, no entanto, em rota de colisão,
Incontáveis palavras no sangue que
Após suicídios incontroláveis se confessam íntimas
De todas as viagens
É que nasceram antes de mim
Não! não foi escolha minha viver antes dos livros!
Só eu sei o quanto isso foi assustador e ainda persiste,
Mesmo depois de cem mil páginas
Ouço vozes, sempre diante da biblioteca,
E adormeço pensando palavras
O homem ama antes de todos os livros?
E Jorge acende o candeeiro
9 comentários:
Muito bom! E adorei o verso final. Beijão.
Demais, Ira! Cada vez que a leio entendo por que você poeta é fundamental pra mim.
Beijos,
amassem, nestes dias, os livros...
homens destes, animais em extinção.
beijo,
r.
Ótimo, menina inspirada!
Beijo grande!
Ira, minha linda aquariana tão especial,
que me faz cantar a "Pretextos" música linda de sua autoria, toda vez que arrumo minha roupas (no sentido literal, e não sei por que a tua música me vem nesse momento :)
E me faz sentir um algo tão profundo quando leio seus poemas,que chego, leio, sinto e quase sempre me enrolo em palavras por aqui... e agora:
aos livros lacunares, hesitações, toda a cegueira e ao Jorge que acende um candeeiro!
Maravilha!
Beijão aos dois, tri-poetas, ou melhor...
tri-beijos aos dois! :)
palavras em suicídio a sufragar viagens - o fascínio dos livros, do que neles vem e do que sem eles acabamos por saber.
afinal, o homem ama antes de todos os livros à luz de palavras, sentires e todas as novas denominações da pulsação com que tu e a tua poesia nos incendeias, poeta imensa!
beijos e ainda um tanto de arrepio de lábio!
Entre o tudo e o nada
nada-se no inevitável
suicídio diário
nesta louca viagem.
Quando adormece
o pensamento cai na real...
Reverencio teu olhar apurado.
O texto, o contexto e a poesia
Você e o Jorginho são um show à parte.
Beijo, querida!
Viajai-vos!
A pele é uma caixinha de surpresas...
Beijos à dupla- Ira Adorada e Jorge Amado.
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