Neste momento molhado,
O corpo por um triz, tua mão direita
Impõe-me dor sem volta,
Enquanto a outra, esquerda e amiga,
É tão criança que vem deitar-se
Em meu mamilo sem dormir
A plástica de estarmos um dentro do outro
É tão feliz quanto uma língua desenhando flores
Num corpo nu
- ah, e tua língua desenha girassóis!
Suores e sêmens ungem caminhos, montes
Curvas porque deus existe, também, nessas horas
Em que o diabo comenta efemeridades
A fotografia deste instante se apagará logo,
Porém, e é uma quase verdade,
Teu gosto permanecerá pendurado na parede
Para os meus longos dias de inverno
Clarividência
Corpo inútil
Clarividência
Corpo inútil
11 comentários:
Menina, você poetiza pra caramba. Seu estilo é tão único e tão marcante. Caminhos que se cruzam diferentes em um único ser. A arte de ser várias. E retumbante. Sou muito, muito fã da tua Poesia. Nossa, demais. E deus e o diabo que se amam tanto!!!
Beijos,
Tua língua desenha Irassóis....
Beijos, Ira brilhantíssima!
Um poema delicioso, Ira!
Beijos
um gosto que perdura
beijo
Você é mestra dos espantos!
Um verso mais mágico que o outro...
Beijo, poeta irada*
erotismo para mulheres, tamanha a sensibilidade! a-d-o-r-e-i!
:)
um beijo.
Uau, Ira! Que tela linda você pintou.
Meu beijo! :)
Ira, minha linda aquariana!
Sexo e Poesia existe combinação mais bela e viva que essa?
Pois, que faça-se vida! :)
Levo daqui, em especial, esta parte:
"Teu gosto permanecerá pendurado na parede
Para os meus longos dias de inverno."
(é bem assim...)
Beijos para ti e um beijinho especial na Valentina!
versos que cresce, entumecem e cavalgam antes de explodirem num ramalhete de sensações onde tudo é tão verdade e quase nada é a verdade.
maravilhosa radiografia dos corpos, ira!
beijinho!
Foda! E não teve como não pensar em Bauman.
a imagem da lingua desenhando flores é um poema inteiro.
beleza.
e um calorzim besta no leitor.
beijos,
r.
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