Havia uma ruga na página
Repousei para não infringir
O que ela, silenciosa e dura,
Fingia exigir-me, outra hora minha
- fingi distração para não
Castigá-la tanto
Sei que tentava qualquer lapso ou
Talvez ameaçar-me de espaço
Dor e emburramento
Porém, um poema esdrúxulo de amor
- diria minha autocrítica –
Vazou-me dos dedos
Em queda de vulgaridade
E, esparramando corpo
Sobre flanco escancarado,
Maculou de sangue a cama branquinha
Ah, lá se foi mais um cabaço!
10 comentários:
Caramba, só frediando: fo-dás-ti-co!!!
Beijos, Ira.
Sim, lá se foi mais um...
Beijo pra vc!
de-flor-ar
beijo
O q dizer? Que afudê, Ira Buscacio! Ou como bem sentenciou Regina Contreiras: fo-dás-ti-co!!!
Poemas esdrúxulos de amor descabaçando páginas outrora imaculadas... É (quase) sempre assim.
Bjo
Ira, minha linda aquariana!
Um poema e seus muitos falos, atiçando, espreitando e consumando sobre letras virgens e amas imaculadas. Restará santos ou demônios dessa cama de entrelinhas?
Muitos beijos!
PS.: Hoje me lembrei de ti, mais do que nunca, Ira! Quando abri no café da manhã um potão de Mumu do Zaffari hehe Bommm!
há letras que nos lambem, atiçam e cavalgam.
beijos, poetas de mil e tantas viagens!
Ola Ira! que poema instigante... ainda estou aqui sentada refletindo sobre poderosa citacao.... as palavras e imagens, seu linguagem é tao criativo e bonito, e o novo frontis! voce parece salida de um cuadro de Jack Vettriano, me encanta. Obrigada meu amiga por compartilhar este hermoso pensamento, realmente tenho arrepios pelos meus bracos.
Tenha um dia lindo!
Os poemas de amor são os mais descarados, Ira!
muitos e enormes beijos,
Tu é phoda! E a tua poesia é invulgar...
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