segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Restos de Um Poema Fingido





Do meu desejo mor,
Que tão prudente é fingir sua inexistência,
Restou-me este súbito poema de recuo

Troco a fala para permanecer

Do meu poema,
Que tanto há fingidos salamaleques,
Restou-me este súbito lapso

Troco a fala para permanecer

Do meu desejo,
Fingido para ser outro,
O poema é o que resta 

12 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Ira, passando por aqui para apreciar tua arte e para deixar o meu abraço. Tenhas uma linda semana.

Marcelo R. Rezende disse...

Maravilhoso. Li pausadamente e me arrepiei inteiro. É de sorver feito café bom.

Beijaço, Ira!

Joelma B. disse...

o poema é o que me fresta...

beijos, Ira brilhantíssima!!!

Cris de Souza disse...

Te mete! Resta me dizer que você é um estouro...

(Destaque para salamaleque)

Beijo, poeta irada*

Domingos Barroso disse...

o silêncio do poema
o que mais seduz
...


beijo carinhoso,
Ira...

dade amorim disse...

Se o poema é o que resta, valeu mesmo, Ira!

Beijo beijo

Unknown disse...

o poema
nos resta
em arestas



beijo

Eleonora Marino Duarte disse...

resta-lhe tudo!!!
Iracema, você é grande poeta, grande poeta...

um beijo bem grande, querida!

Tania regina Contreiras disse...


Nesse beco chamado caminho está a saída, poeta querida! Poema de súbitos...

Beijos,

Marco disse...

Poema moderno de linguagem ímpar e dúbia. Onde o personagem nega ao mesmo tempo que não renega... Lindo!

Unknown disse...

poema voz e eco para falas, falos e permanências-urgências.

beijos, poeta de voz maior!

Unknown disse...

Ira,estou voltando lentamente.
Amei. O poema é o que resta para muita gente.
Beijos!!