Arrastamos o inacessível e,
Por anos, séculos, milênios,
Nada nos é consentido
A não ser peso e cansaço
- ainda haverá eternidade
Para tanto embaraço?
Somos pobres fazedores de vida
Que não nos pertence
Vendemos nossos desertos, e de outros,
Para um deus excêntrico, morto,
Na ilusão de vê-lo, rosto semelhante,
Guiando-nos até a porta negra
Lá vive o sentido do mundo. Ele!
Por castigo ou recompensa,
Ergue-nos a chave do que somos
Ninguém consegue abrir essa escuridão
8 comentários:
Amiga Ira, passando por aqui para apreciar teu post e não me surpreendo com o que vejo, pois já conheço o alto nível artístico do teu fazer poético.
Um abração. Tenhas um lindo fim de semana.
Ira querida, teu poema é tão verdadeiro que me arrepiou. Você é demais.
Beijo beijo.
Ira, você é demais! Teu poema me arrepiou, de tão verdadeiro.
Beijo beijo.
Ah, verdadeiro, sim, Dade. E sempre. Ira mexe profundamente nos meus porões! :-)
Beijos,
o embaraço é um laço
na escuridão sem chave
beijo
Ira, linda aquariana!
Uma busca incessante pelo nada,
talvez o tudo esteja dentro de nós e nem precise de chaves.
Beijos!
Considerações sobre Deus, não importa o que ele seja... Talvez seja Ele(a), nós mesmos, perdidos no Universo...
a chave que abre a nossa escuridão - como caibo inteiro nesta imagem poderosa, ira.
beijo meu!
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