É como se depois da alegria
O rosto ganhasse uma palma de sombra
E o riso, breve perfume, desfolhasse
Suas pétalas orgulhosas
A seda da tez cai sobre pés cativos,
Seu frescor é inútil,
Não há nos passos um sonho se quer
O cenário é de tanto branco
Que sabe a dor: nunca mais serás tua!
Essa vida que, de gota em gota,
Recolheu-se na casa do pássaro triste,
Hoje murmura o silêncio da flor vermelha
Povoada de lágrimas.
4 comentários:
Uma sensação de solidão, de tristeza e falta de alcance, que chegou me doer.
Beijaço, Ira.
Belo poema, adorei muito!
o rubro silêncio da ausência
beijo
silêncio verbal de cada verso teu sobre os meus pasmos: a tua poesia que sabe cantar todos os poros e minhas quase existências.
beijos, poetamiga querida!
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