Dos meus poemas,
Todos inúteis,
Nenhum ousará durar mais que uma vida
Esqueça-os, então, quando no ponto final,
Pois a morte jamais perde a memória
- há um cemitério de poemas em cada olhar -
Das minhas mãos,
Tão sem modos,
Retire as unhas ferozes,
Se te apraz,
Mas deixe-me os ridículos dedos
Que, mendigando assombros,
Quedam nos momentos extravagantes
- a brancura do abismo –
Respeite-os quando suspirarem:
Somos Deus!
É que Deus, estando longe de ser
Razoável, caminha tonto,
Esmolando um prato de humanidade,
Por linhas certas
Que os poetas entortam
9 comentários:
de torar
beijo
Ira, linda aquariana de minhas saudades!
Oh! Cazuza... tanta e tanta falta de sentir gente cazuzando..., coisa que sinto aqui, Ira.
Porque todas as vezes em que você 'entorta' linhas, é muito divino!
Menina... ando tão cheia de trabalho, e hoje, ainda com minha filhota, porque anunciaram uma tal greve geral e a escola dela fechou, mas existem coisas que se fazem urgentes, e uma delas é te ler!
Sinceramente.
Beijos, minha lindona!
Bom demais, Ira!
Andava com saudade de vir aqui, mas o tempo voa, como vc sabe, e me tira as chances.
Obrigadíssima e um grande beijo.
há versos com formato de anzol...
beijo, Ira brilhante!
Um assombro!!! Concordo com a Joelma.
Beijo, querida! Saudades...
por favor, me deixa ecoar uma frase assim para sempre: «há um cemitério de poemas em cada olhar».
que poemaço, Ira!!
levei a frase para mim e o meu cemitério junto...
um beijo, querida mais que querida.
saiba:
nenhum poema é inutil.
enquanto isto, a gente vai esmolando uns farelinhos de divindade por aí... andamos cachorros-magros pelas ruas, mas só o diabo parece prestar atenção...
beijão,
r.
verso inútil é o ainda por acontecer. depois, há a poesia maior, aquela que esgota o tempo na combustão da palavra dando sentido às eternidades do sentir - a tua!
beijos, minha poetamiga de tantas presenças!
Putz!!! Mais que um poema, um ASSOMBRO!!! Aplausos de pé, poetisa!
Sabe, sinto-me viver, nascer e por certo um dia morrer com meus poemas, meus fragmentos humanos... Fraterno Abraço, MR.
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