O homem constante bebe cerveja
Até perder de vista sua casa,
O patrão, outros sujeitos culpados,
A mulher que ele trepa, inconfesso,
Sem acender luz alguma,
Mas há algo maior, sob essa cara
Boa, capaz de acordar o diabo
É preciso usar o eletro-doméstico novo
Prêmio pela eficiência
Subordinadíssima do uniforme
Um naco de carvão no fundo
Tira cheiro de virgem e insucesso
Seus olhos ganham sangue de raiva
Como se fossem roubados
De um velho amante ferido de morte
O imperdoável se apodera da cabeça
Ele não foge!
E inaugura o freezer com uma loura
Estupidamente gelada
10 comentários:
Também sou desses homens, que bebem uma cerveja gelada para afogar dissabores... Lindo texto, A P L A U S O S ! ! !
homem das cavernas refrigeradas!?
beijo, Ira brilhantemente poeta!
deu sêde
beijo
Afogam-se as mágoas em rios engarrafados.
Beijos,
eu não sou contra a mágoa dançar em piscina erótica de loura imaginada...
um texto perfeito, Ira.
um beijo, bela!
Loura e gelada, inaugurando a cegueira da dor, aguçando todos os outros sentidos anestesiáveis.!
belo Ira!!!
bjos.
porque há sedes que não se saciam; saciam-nos.
beijinho, iríssima!
Pesado!
A perdição num beco em espiral, até à loura final...
Ira, o seu bisturi é implacável!
Beijo :)
quero mais, Ira!!!!
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