Chuva guarda a chuva
Não é hora de aguar
Meu ventre – ainda febril –
Da carne aumentada
Dele
Seja nuvenzinha
E passe
Vento cata o vento
Não é hora de dissipar
O cheiro – ainda úmido
Do gozo esbanjado
Dele
Seja inspiração
E transpasse-me
10 comentários:
Belo e sensualíssimo poema, amei!
Muito bacana a diversidade de olhares, as sensações que as imagens trazem, e aqui foi de uma beleza cheia de caricias!
Beijos, queridona!
chuva aguarda chuva
cata cheiros no vento
transpassa o tempo...
Belo poema. Com a licença da poeta comentei conforme minha compreensão poética. Não resisti à reflexão...
lendo-te... vêm-me as reminiscências de saber chover.
beijinho, querida ira!
uma hora parada é um vácuo no tempo
uma espera entre ato e fato
um salto sobre (s) salto
beijo
Gostei muito minha querida,vim te desejar ótimo fim de semana !
O que foi, a sensação do que podia ter sido.
Tacteia-se, rebusca-se, grita-se..., com um filtro na mão, até ao encontro derradeiro. Quem sabe, então, o que irá acontecer?
(Sempre enorme, Ira!)
Beijo :)
Quando você vem em síntese, a densidade é altíssima. Como deve ser.
Imagem-Sensações-Palavras
Imenso o projeto da Tânia, como é imenso o teu poema.
Beijo, querida!
Quereres femininos de prolongar no tempo-desejo.
Beijos,
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