segunda-feira, 4 de março de 2013

Sour Apple





Na cidade, a noite é um escuro véu azul,
Ele anda punk pelas ruas de Manhattan
Vestindo um suposto blue jeans
Cara pálida, tupiniquim

Nessa Babel, por sete mil casas frenéticas, 
Ele guarda o coração no magro bolso
Big Apple! Casca dura de morder
Morre-se nada, antes de ser

E ele compra! E ele vende!

Boyzinhos profiláticos, e desempregados, 
Que vieram castos do terceiro mundo,
Dançam pelados, em surdina,
Girls, boys, cocaine e heroína.

Putas travadas nas embaçadas vidraças
E um bando de psicopatas babacas
Rangem as sucatas dos dentes
E trepam como indigentes

No carro esta escrito: No radio.
DJ puxa o freio!
Que eu quero matar o mau gosto
Abracadabraaaaaaaa!
A rainha quer fazer uma trança?
Chama Totonho e os Cabra!!!!

7 comentários:

Américo do Sul disse...

Abracadabra! Depois dos chineses a pólvora já não apavora. Mto embora o compra e vende desenfreado nem sempre cubra ou dê para saciar os gastos.
No curral. Nos pastos. Boyzinhos bonitinhos tingem-se de putas e travam suas lutas inglórias e psicopatas.
No meio de tantas babas e babacas as palavras trepam sem importar com nada.

Teu texto é de uma desenfreada lucidez. Aproveitando o embalado, corro o risco de afirmar q o q sangra nem sempre está exposto nas vitrines ou se encontra nas baladas...

Tania regina Contreiras disse...


A poesia de Ira é um solavanco: pô!!!! Impossível não abrir bem os olhos.

Beijos, querida.

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Linda poesia,
encantamento
unico em palavras.
Ja seguindo Bjins
Catiaho Reflexo d'Alma

LauraAlberto disse...

tu não existes, alias existes e és única

morre-se nada, antes de ser

roubo estas tuas palavras e quem posso chamar?

Beijinho

Eleonora Marino Duarte disse...

balada irada!

ou

embalada pelo avesso!

uma visão crua da sobre vida dos não americanos nas cidades tio Sam. adorei!!!

a sua poesia me deixa elétrica!

um beijo.

Unknown disse...

delirante: você tá doida pra me dar: atenção



beijo

Unknown disse...

que cidade de braços magros é esta a atiçar lâminas sobre o tronco? imagino-a em tantos lugares, sei-a num só [e nunca a vi].

beijos!