Sou santa
Doida, outra oscilação
Caio do andor
Porque não me amarro
Em por
Os pés nessa inclinação
De pau oco, torto, tosco
Santa, nenhum pouco, não!
Sou abatida
Faz tempo, vento, inundação
De tristeza lambida
Que dá as caras,
As cartas na minha feição
De frente pro crime
Regime, lama, façanha
Abatida vontade de ser não!
Tento morrer uma vez, duas, três
Da melhor maneira impossível
Cacos, nacos, parcos négligés
Sou freguês do suicídio plausível
Que é viver um dia de cada vez
5 comentários:
sinceramente,
duca!
incrível descrição de um estado de estar-se em si, demasiadamente!
me identifico, muito, com algumas de suas frases....
um beijo, querida.
Ah, Ira, esse final foi uma luz de pirilampo no fim do túnel, e luzes de pirilampo trazem alívio, sim!
Beijos,
há dores que se estendem para além desse lençol a que damos o nome de "palavras".
um beijo de cada vez, amiga-poeta!
Ira,
Você é uma mulher e tanto!
(Sou incondicional fã)
Beijo :)
És inenarrável!!!
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