sexta-feira, 1 de março de 2013

Mais uma Balada sem Sangue, mas Úmida






Roubaram meu sangue!
A mão não estava armada,
Não havia mão
Que dó!
Roubaram meu sangue,
Tão vermelhinho,
Que dava pra desenhar
Boca, coração, umas pintas de sarampo
E, ainda, colorir uma boceta de morango,
Um pau sargentão desses que mandam tango
Roubaram muito cedo
Eu nem tinha acordado
Para o café da manhã,
O tal, que o Roberto falou na canção
Eu quero um café da manhã!
Tão tarde, quanto supus que haveria sangue,
Só Pra dar
Vender nunca!
Quem foi o filha da puta
Que me deixou
Sem raiva e confusão?
Eu quero é um café coado
Na cueca de quem suporta
A paciência de uma gorila,
Quase galinha morta,
Mas que ainda alaga
As papilas gustativas

9 comentários:

Unknown disse...

escorre pelas linhas do corpo, em beijos e espasmos, para dentro das vidas, uma e todas as que se regam nesse festim en-carn-ado. a medo, estende a mão, parece tocá-lo e, quase sem entender, pergunta-se: quando ele brilha, estarei a tocar tudo? o que há para além dele?

beijos!

Fred Caju disse...

Poemaço. Pra salvar minha semana.

Joelma B. disse...

você entranha na gente!!

beijo, Ira brilhantíssima sempre!!

Anônimo disse...

Uau! Que balada...
Beijo, querida!

Ira Buscacio disse...

Janice, estou tentando comentar no Portal do Inferno, mas não consigo

parece que o diabo tá de mal comigo

"Aflição" mais um poema de arrancar a pele
bjão, poeta

Tania regina Contreiras disse...


Noooooossaaaaa....que vc me tira o fôlego, mulher!

Beijos,

Carolina disse...

Ola Ira, que tal, querida.
E bem... si van roubarnos a sangue, a paz e o coracao pelo menos conseguan me esa xicara de cafe quente paraa vivificar, que caramba!
Um abraco brilhante amiga, tenha uma linda noite de sabado.

Unknown disse...

balada rubra de amanhecimentos


beijo

Fred Caju disse...

Tive que levar: http://cronisias.blogspot.com.br/2013/03/blog-post.html