Entre
nossos destroços,
A
caixa preta, cinza, esconde o crime
Não!
Não viole nossos mistérios imorais, torpes mesmo!
As
memórias do poema obcecado,
Sua
alma imortal.
Jamais
profane nossas faces,
Tudo
o que fomos um dia, e eternamente,
Tudo
está perpetuado pela morte
Então,
por precaução, não exponha seus ouvidos
A
visão dessa luxúria extasiante, sobretudo,
Não
aspire seu cheiro
Há
de se temer os que amam
Não!
Não acorde os mortos
Que
queimaram em sedas,
Pois
seus sexos vazam
Gozos
contamináveis
Não
viole a caixa preta, cinza,
Boca
suja com tampa de noite
Obscura
É
que já houve mil assassinatos
Detrás
dessa viagem inocente
De
duas línguas incansáveis
E
sem paz.
10 comentários:
a caixa de Pandora,
beijo
Esta caixa preta, cinza é poderosa.
beijos!!
Ela deve ser respeitada.
Beijo, minha amiga linda!
Não violem a caixa preta, cinza,
Boca suja com tampa de noite
Obscura
É que já houve mil assassinatos
Detrás dessa viagem inocente
De duas línguas incansáveis
E sem paz.
Isso é ma-ra-vi-lho-so!
Beijos, queridona
belíssimo, fiz um recorte que achei absolutamente lindo:
Não acordem os mortos
Que queimaram em sedas,
Pois seus sexos vazam
Gozos contamináveis
Não violem a caixa preta, cinza,
Boca suja com tampa de noite
Obscura.
muitoo bom, poemaço! rs.
Seus poemas são tão originais (acho que já disse isso) e realistas que se fica tentado a ler e reler várias vezes.
Um grande beijo, Ira.
Sempre me encantam as tuas palavras.
Excelente poema, gostei muito.
Um beijo, minha querida amiga Ira.
Muito bom, gostei. Deixemos a caixa preta (cinza) soterrada! Meu abraço.
"Há de se temer os que amam
Não acordem os mortos
Que queimaram em sedas,"
Oração, apelo, desvelo, um culto aos que queimaram em sedas e ainda um aviso do perigo que guardam(os) dentro a vida preserva/perversa uma morte, em eterna união (thanatos e eros)
Beijos querida poeta
haja dedos que arrisquem assassinando as horas e todo o tempo de morrer.
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