quarta-feira, 27 de março de 2013

Algumas Fumaças de Hiroshima e outras Aberrações





A besta deseja infernos!
Zilhões de detonadores
Ocupam sua mente déspota
O bicho trama guerras por amor
A pele
Rasgada em gozo de brio
Seu corpo é perfeito
Espúrio íntimo que,
Alimentado por vícios cortantes,
Enamora-se do bonito e do medonho
Eis o homem, fera implacável!
Atando cogumelos da morte
Ao chão enfermo de insultos
Nuvens negras, dessas almas finadas, 
Que não chovem mais lágrimas,
Sobre as cabeças dos que erguem seus olhos
Ao deus sem rosto
Eis a insuportável ameaça da besta
Pairando sobre nós,
Cadáveres! Cadáveres,
Que ainda choram
Oh, Little Boy!

13 comentários:

Américo do Sul disse...

É besta a fera
à espera manifesta no homem.
Em sua dor godot, de tão besta,
prolifera...

Ira, tua escrita enxerga.
Genuina! Brilhante!

AC disse...

O rei vai nu, pois vai...
Em grande, Ira!

Beijo :)

Dilmar Gomes disse...

Amiga Ira, eis o homem e suas anomalias.
Um abraço. Tenhas uma boa tarde.

Guará Matos disse...

"Pensem nas crianças mudas e telepáticas".

Carolina disse...

Nao a guerra, basta de infamia.

Feliz Pascoa, Ira querida.

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Marcia M disse...

E o homem nada aprende,não sabe que nada é sem o outro,dissimula,entre fumaças,entre armas,entre arrogâncias e preconceitos ,guerreia todo tempo consigo mesmo.Beijo Ira,amei a visita!

Unknown disse...

Boscaciamiga


Vogando pela blogosfera, sem rumo definido, encontrei-te no blogue do Agostinho (AC), um bom Amigo. Vim até cá – e gostei. Foi uma boa dica. Se não tivesse gostado, também to dizia. Sou pão, pão, queijo, queijo; ou como na tropa aprendi: serviço é serviço; conhaque é… conhaque.

Vou a caminho dos 72 aninhos. Sou virgem (20/09/41, para efeitos de prenda…) mas tenho, temos, a Raquel e eu, três filhos, três noras/filhas, quatro netos e uma neta. E vamos fazer 50 anos de casado – ai o que eu tenho sofrido para aguentar tamanha cruz… Bodas de ouro? Nada, não. Na verdade, bodas de felicidade.

Gosto de ser brincalhão e brejeiro com quem mo merece – e mo permite e me responde no mesmo tom. A minha Travessa do Ferreira (http://aminhatravessadoferreira.blogspot.com ) pode ser o exemplo do que adoro gozar: enfim, sou um velhote que persiste em ser jovem… da cabeça… de cima.

Como aqui vim e como Amor com Amor se paga, espero por ti, pelos teus comentários e pela tua (per)seguição. O mesmo já aqui fiz, ou seja: já faço parte dos teus seguidores. Podes entrar na minha Travessa que então será também tua. Isto é, nossa. Não pagas portagens, não te cobro impostos, incluindo o IVA a 23%.

Peço-te desculpa deste escrito que é maior do que a légua da Póvoa; mas tentei meter o Rossio na rua da Betesga e aqui está o desastroso resultado. Enfim, eu sou realmente assim, maluco e orgulho-me de o ser. Sou mais de prosa, mas gosto também de poesia e de quando em vez faço umas quadras, uns sonetos, ou seja coisas do antigamente…

Qjs = queijinhos = beijinhos

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NB – Este texto é estereotipado. Não tinha, nem tenho, nem teria tempo de o escrever a cada um, um por um. Mas não entendas isto como falta de consideração ou despautério. Mas posso assegurar-te que quando se é reformado é quando se trabalha mais. E ainda: um jornalista nunca se reforma – no papel, sim, na mentalidade, nunca.


Marco disse...

Um poema, creio niilista. O que talvez impeça a humanidade de dar o passo final, é justamente não saber o que há após ele... Lindo poema Ira!

Joelma B. disse...

As perdas são nuvens cinzentas que nunca se dissipam!

Que texto intenso, Ira brilhante... Não poderia ser de outra forma, já que escrito por ti!

Beijos!!

Mateus Medina disse...

E pelo visto, vem mais por aí...

Muito bom o ritmo, o tom, tudo... fantástico!

dade amorim disse...

Lindo texto, Ira! Você é uma poeta das melhores que conheço.

Uma linda páscoa pra você!

Tania regina Contreiras disse...

A intensidade de Ira é estonteante. Poeta gigante.Das minhas mais queridas.

Beijos, queridona!

Fred Caju disse...

http://www.youtube.com/watch?v=uBdg4SnOzm8