sábado, 23 de fevereiro de 2013

Poema em Tempo Real







          “Quando as tuas palavras beijam por dentro do tempo cada uma das minhas bocas”
                                                                                                            Eurico Portugal



Dentro do tempo,
Do corpo meu,
Moro eu
Sozinha nesse passatempo

Do lado de cá
Sons secretos
Do lado de lá
Aspectos

Entre os dois lados
Do corpo, dentro do tempo,
Há palavras e um estado
Mor de contratempos

Há bocas, de poeta, abandonadas
Sobre os beijos do poema morto
E vestido de peles remendadas
Tentando palavras vivas de conforto

11 comentários:

Marcelo R. Rezende disse...

Que espaço. Li segurando a respiração, outra vibe :D

Beijão,Ira!

Sandra Subtil disse...

Maravilhoso!
Adorei o incipit!
Beijo

Tania regina Contreiras disse...


Adorada Poeta, sempre me fazendo viva, que a vida corre em sangues matizados. E citando outro amado poeta, o Eurico, mais-que-querido!

Beijos,

Tatiana disse...

Esse passatempo de ser, de morar em si mesma, e ainda brincar de palavras, é inspirador.

Unknown disse...

dentro do tempo de cada boca tantas as fomes por-acontecer.

ler-te é sempre um estremecimento-extra em cada inquietação minha, ira.

beijo grande!

dade amorim disse...

Lindo, como sempre. Faço coro com Tania Regina Contreiras, também sobre o Eurico.

Beijo grande.

Unknown disse...

Cada um de nós tem seu tempo e nossos corpos usufruem da falsa privacidade, pois todo o público sentimento nos corre às carnes.
Lindo poema, Ira.
bj imenso

Unknown disse...

Adorada poetisa, mais um brilhante poema.
Beijos!!!

dade amorim disse...

Amei o poema, um pouco diferente do usual. Mas tenha a impressão de que já comentei aqui.

Beijo, Ira.

Nilson Barcelli disse...

Excelente.
As tuas palavras encantam.
Um beijo, minha querida amiga.

Unknown disse...

ensina-me a morar no poema, que enamorado estou



beijo