quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Deu Bandeira nos Mastros de cada Dia






Desabotoaram a boca galinha
Sem a menor licença poética
Tirando os dois dentes da frente
Quebrando três belas costelas

Um jab de direita dura,
Mais que pau de arara negra,
Partiu a vitrine mais bacana
E branca de Ipanema

Sonhos eróticos e sujos
Foram ao chão desperdiçados
É que depois de lavados
Nunca dão o mesmo barato

Disseram: ela deu bandeira!
Eu digo que ela deu de graça
O que a traça um dia irá comer
Então, melhor que esteja bem gasta

10 comentários:

Cris de Souza disse...

Deu tá dado, quem tomou tá desbocado!

Irada, tô gostando de ver essa sua outra faceta lírica. Adoro ser surpreendida nesse beco.

Beijo-Bom dia!

Unknown disse...

está então traçado,


beijo

Joelma B. disse...

e tem como não cair o queixo neste beco de tantas saídas!?

beijo, brilhante!!

Unknown disse...

lugares sombrios onde gastamos o lado faiscado dos nossos astros. valerá a pena esperar pelo relâmpago?

beijinho, querida ira!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Como sempre lindo, e bem verdade, temos que viver a vida para quando a morte vier estar tudo feito.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

Jota Effe Esse disse...

Muito bem, eu apóio por inteiro! O resto deixa pra lá! Meu abraço.

Sandra Subtil disse...

:-)
Que assim seja!
Beijinhos

Fred Caju disse...

Acho que nunca tinha te lido assim (falando em forma).

dade amorim disse...

Do pongo de vista da traça, estou de inteiro acordo.

E o Fred tem razão, essa forma é nova.

Beijo beijo, Ira.

Cissa Romeu disse...

Ira, tu é o maior barato!
Me fez rir, mulher!

Tua poesia tem uma voz muito especial, muito liberta. Nada de convenções, coisas certinhas, letrinhas parnasianas de "apreço ao senhor reitor", adoro isso!

Pois que seja bem gasta! Ou como nós gaúchos dizemos: tri-gasta! :)

Beijão, lindona!