Breve,
Nós, meu Deus, dois!
Abismos
Diante dos múltiplos braços,
Breves,
Como aranhas
Fodendo para a morte,
Breve, tua,
Macho ludibriado
Eu, viúva negra,
Depois da agonia,
Breve,
Escapo
Fixa na teia
Breve.
Minha fome gulosa,
Breve,
Conhece os corpos
Apegáveis
Dos homens
Breves.
Suas almas inclináveis, não!
Essas substâncias
Nem opacas, nem transparentes,
Quase breves,
Não quero
Não quero nada que seja habitável,
Como fosse verdade
Como fosse eterno
E íntimo
14 comentários:
Ira, linda aquariana!
Breves ou não, mas que "seja eterno enquanto dure" - o que talvez nem precise de muitos minutos.
Bom te ler novamente.
Excelente fim de semana, descansa e te diverte.
Beijos!
eu sempre fico sem saber o que falar diante de tua intensidade, Ira!! Nada breve o que sinto aqui!! Caramba!!
Beijo, poeta mais que brilhante!
Breve mas intenso!
Beijo , minha querida!
Por toda la eternidad... mientras dure.
Beijo, querida Ira.
quando o breve se pode fazer sempre, nessa quase-eternidade que é sal grosso atirado sobre a carne. os dentes rangem e a matéria uiva.
beijo, querida amiga!
bom saber-te de volta!
Breve, mas denso.
a brevidade tem uma intensidade do infinito,
beijo
Breve e intenso, sexo tenso, transparências nuas, almas em abandono consentido.
Beijos querida poetisa,
Querida, estou voltando ao ritmo de visitas aos blogues aos poucos. Vid a corrida. Começo por aqui, mas vou passear pelo espaço, porque te ler é mais que preciso. O tempo subjetivo. A brevidade intensa traz um sabor especial.
beijos e muita saudade de te ler.
"Não quero nada que seja habitável."
Palmas!!!
Beijos!
Boa construção.
John
As frases curtas refletem a urgência do querer. Lindo poema! bjs
Eis um poema fodástico!
Beijo, poeta irada*
Ira,
Da espécie humana tem que lhe baste, mas, ainda assim, subscreve o cultivo da cumplicidade. Em doses cépticas, eu sei, pois o filtro é apertado, mas assim o exige a salvaguarda da dignidade.
Um beijão, minha amiga!
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