Nuvens se apossam do céu como os homens de outros homens, mas
nada sobrevive, nem nuvens, nem homens, nem outros homens, apenas o firmamento prossegue
nas suas boas e más intenções, no mais, tudo é sofreguidão
Ah, Copacabana!
Sento-me ao lado de Carlos, nesta Atlântica circular avenida
sem término, mesmo quando há relatos de tropeços
Dialogamos silenciosamente sobre nossos mitos, enquanto a poesia
cai dos gestos modestos, porém, que ninguém se engane com tanta sobriedade, pois,
no interno, há hospício de inquietos bebedores das suas próprias explosões, cada
pausa de memória ilumina delírios atemporais – Epifania.
Tanta vida inexplicável nestas inspirações sem doma!
Os sentidos depuram, e depuram os espíritos, para que possam
receber segredos de raízes profundas, para que possam ser alimentados por sua seiva
grávida, neste ciclo interminável de renascimentos
Ah, poeta!
Como é bonito sentir as palavras dançando soltas dentro das
nossas cabeças de baile, e o pulsar da canção genesíaca, na presença dos
pensamentos herdados ou não.
É absolutamente sublime,
a pele acesa, esta visão dos poemas ganhando corpos, os poros desapegando
emoções e versos, num vôo irreprimível
O mar está em paz, aqui no posto 6, e agora, nossos olhos se
distraem com os transeuntes desta orla neurastênica, todos tão indiferentes,
que não percebem nossas almas entusiatas.
4 comentários:
a visão dos poemas a ganhar corpos, lá onde os olhos desafiam a violência dos erros, até porque desejar nem sempre é querer.
im-pres-si-o-nan-te!
beijo, poeta!
sobre copacabana o mar que se avista, deslumbra, coisas tão bacanas para se entregar
beijo
uma forma diferente esta
longe da Ira que eu tanto admiro
mas perto de outra Ira que começo também a admirar
que esse mar esteja também em ti, em paz
beijinho, poeta do caraças
Nem todos percebem a presença de um poeta. Talvez para muita gente um poeta seja um ser até meio desprezível. Mas o texto é bem justo no que diz...
Beijos.
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