Cochilo
de pensamento.
Eis o
instante mudo,
Absolutamente
plácido.
Tímpanos
calafetados,
Bocas
desmaiadas,
Sem voz
infiel ou ética,
Nenhum
burburinho de demônio nos dedos,
Nada de
espanto bíblico em cantos de olhos,
Pés sem
arame farpado,
Nenhuma
crosta inquieta corre a pele.
Há apenas
dois corpos impedidos de vida,
Defuntos
caídos de gozo,
Lado a
lado,
O pau sem
alma,
A buceta
túmulo
E sobre
eles,
O tempo
do mistério faz barulho.
9 comentários:
Poeminha retirado do Faces do Poeta por motivo de saudade.
beijo pra quem passa!
silêncio pós gozo... a melhor morte!
já gosto dessas imagens que te dominam....
beijo, brilhante poeta!
petit mort
beijo
"o pau sem alma
a buceta túmulo"
êxtase! êxtase!
beijo carinhoso...
Estás imparável.
Este poema é soberbo.
Parabéns pelo teu talento.
Ira, querida amiga, tem uma boa semana e um Feliz Natal, extensivo aos que te são mais queridos.
Beijinhos.
la petite mort, mas sem fim!
Ira, lindona!
lembro-me deste poema lá no Faces, não faço a mínima ideia o que comentei, mas fiquei aqui pensando... a cada releitura, um novo poema se descortina.
Beijão!
os incêndios mudos do tempo.
beijo, poeta dos [meus] vendavais!
ah, e sobre o faces: quem não tem saudades?
lembro-me tão bem dele
e da foto
obrigada por voltares ao baú
beijinho
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