José veste Issey Miyake
A vanguarda de papel
Stop!
José Bboyza com capuz
Guerreiro do Afrika bambaataa
Stop!
José deita sobre as manchetes
Oito mortos na periferia
Stop!
O sinal está vermelho
Três Josés escrutando suas peles
Na Avenida Rio Branco,
Nem tão brancos,
Nem tão índios,
Nem tão negros
Defendendo suas vidas ininteligíveis
No cruzamento da cidade dourada
A milícia passa. Passa o trombadinha
A justiça passa. Passa o político
A metáfora passa. Passa o metafísico
A morena nua da capa passa
E os três Josés, paus eretos,
Percebem suas semelhanças
8 comentários:
E é essa a realidade dos Josés...
Induzidos a um submundo por talvez não conhecerem outros mundos... Infelizes Josés que são FELIZES apenas dentro da pouca felicidade que as vezes aparece um lampeja ou em míseras faíscas...
Abraços
oh quão dessemelhante e tão igual,
beijo
Bacana seu comentário lá no Roxo. Mas é isso, as vozes que nos faltam às vezes vêm de fora. Você é uma minha voz e espero um dia poder integrá-la em mim. Eu ia dizer: seus poemas me rasgam. mas não é assim. Refaço: sou rasgada, seus poemas trazem o sangue tímido, descoagula e faz fluir. Três Josés de paus eretos se reconhecem, enfim. E eu me reconheço em você. Essa sua poesia me tira da apatia e do cansaço. Me faz querer gritar. Sem pudores. Sua fã, Ira. Preciso ler você e não some.
Beijos,
Tudo passa, e afinal tenho a impressão de que nada vai passar assim tão branco. É assim mesmo, Ira, e concordo com a Tania: precisamos ler você>
Bj bj
É tudo tão forte, Ira. Quando te leio sinto duas mãos que pulam do poema e ora me sacodem pelo pescoço, ora estrangulam.
É sem dúvida uma arte rara e inquietante, a tua.
Beijo
do que passa pelos olhos
e fica no recorte dos versos
somos todos josés
belo poema
e o blog é duca heim
parabéns
abs
É o que se conhece.
Beijos!!
Ira, linda aquariana!
Porque nem tudo é igual, mas também não deixa de ser.
Adoro teus poemas, tem um jeitinho pop!
Beijos!
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