Este caminho de rato na quina da vida,
Vizinho ao canteiro de flores,
Não faz ruído nem com pensamentos
O silêncio não se move até o último passo,
Assim é O que trama
Sobre boca de astúcia, farsa,
A névoa espessa lhe proporciona aparência melancólica,
Essa, das casas acanhadas de abandono,
Inverno rigoroso congelando os ossos dos telhados,
Sobras de paredes perdendo peles,
Enquanto lágrimas pingam das infiltrações tristes
O efêmero quer prolongamentos, e sem ponderações,
Não se acanha em extravasar amor
Avança o primeiro passo, depois outro, e mais, e novamente,
Por fim, uma voz plagiando açúcar diz:
Um doce por um beijo?
Isca irresistível! Mel nas palmas das mãos,
Cubinhos de quimeras no prato de todo dia
E quem, por quase nada, não desejaria um banquete?
Rotina lambuzada de compensações,
Pop cake for two sem crueldades
Fim do caminho, o beijo, o bote, os ruídos,
Saltos, sobressaltos,
Dentes na jugular do passageiro
E um rato com espírito e corpo satisfeitos
8 comentários:
Que venham os caminhos de rato...
Abraço Ira,
do Felipe
"O efêmro quer prolongamentos!"...Fico com isso.
Beijos, Ira
o rato sorrateiro assalta Roma e o rei ri em ruídos,
beijo
Nos becos os ratos são mais claros q os leos pardos. Nos becos o irresistível mel dos desejos escorre nas maõs sem segredos. Nos becos não há saída... É viver ou vive-los...
Somos todos ratos... buscando espírito e corpo satisfeitos!
Muito muito bom
A tua escrita tem evoluído e está num elevado nível literário.
Este poema, e não estou plagiando açúcar, é excelente. Parabéns pelo teu talento.
Ira, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
quanto de nós é queijo? quanto de nós é rato, armadilha e veneno?
abraço, amiga de tantos dos meus poemas!
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